Não sei que faça, não sei que diga; não sei se devo estar zangado, triste ou irritado.
Talvez devesse estar feliz por sentir que posso fazer o que quero e o que me dá na gana, mas a verdade é que não estou.
Agora, que posso e que sei que tudo o que possa fazer é quase inconsequente, dadas as circunstâncias, não o faço.
Nem sei porque não, mas na realidade não o faço mesmo que me apeteça mesmo ir atrás e fazer, com aquele sorriso manhoso na cara, que não me deixa mentir sobre o que sinto ao fazê-lo.
Mas não o fiz e continuo sem o fazer.
Não faz mal, não tarda estou a milhas e deixo de sentir culpa, a culpa que me tem acompanhado em todos estes tempos, que não sei de onde vem e que não sei para que serve a não ser mesmo para me fazer sentir culpado.
E, a milhas, com a culpa ausente em parte incerta, poderei ser e acontecer sem que tenha que olhar por cima do ombro para verificar se efectivamente eu não estou a perseguir-me e a ajuizar-me; e, a milhas, talvez nem valha a pena olhar por cima do ombro, apenas porque ninguém vai estar lá para me ver e dar juízo.
RSousa
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